Não é tão ruim quanto parece, eu prometo
Quando você está trabalhando com outras pessoas, sempre haverá alguns momentos de atrito. O tom de alguém ou o comentário improvisado podem soar como um ataque para você, quer eles quisessem ou não. Esses momentos tornam o trabalho frustrante, por isso é melhor encontrar uma maneira de limpar o ar e seguir em frente.
Em minha experiência, a maneira mais rápida de resolver essas coisas é discuti-las enquanto acontecem. Simplesmente dizer: “Isso parece meio duro”, logo depois que alguém faz um comentário desnecessariamente maldoso pode ser mais eficiente e levar a menos drama do que esperar algumas semanas para planejar uma reunião para discutir ‘seu idioma’.
Entregar esse tipo de feedback é desafiador. Felizmente, há um monte de livros sobre isso, que eu definitivamente recomendo ler – mas há uma coisa que você deve fazer primeiro.
Antes de começar a dar feedback a outras pessoas, pode ser útil pensar sobre o que causa sua frustração em primeiro lugar.
Eu fico muito frustrado … mas aprendi que minha frustração geralmente vem de coisas diferentes do que eu imaginei. A realidade não se alinha com a minha percepção, e isso causa um curto-circuito no meu cérebro.
Isso significa que vou ficar com raiva de alguém, mas então vou perceber que ela não é estúpida, afinal. Eles apenas fizeram algo que eu não esperava ou planejava. Em outros casos, fico irritado com alguma coisa, mas quando paro para pensar a respeito, minha frustração é mais fundamental.
Por exemplo, minha engrenagem fica prejudicada quando vejo um grande número de slides em uma apresentação. Vou começar a ficar de mau humor e decidir falar com a pessoa que fez a apresentação depois para explicar que menos slides são melhores do que mais slides.
Porém, é minha verdadeira frustração com o número de slides? Na verdade.
Percebo que estou mais sensível do que o normal porque me sinto desconfortável com o contexto da apresentação. Talvez eu não queira me envolver com o projeto que está sendo apresentado. Ou talvez eu esteja totalmente inseguro sobre meu papel no projeto e ataque.
No filme Interestelar , há uma cena com um robô que explica que seu ‘parâmetro de honestidade’ está definido para 90%. Isso levanta algumas questões, às quais o robô responde:
“A honestidade absoluta nem sempre é a forma mais diplomática nem a mais segura de comunicação com os seres emocionais.”
Eu concordo com o robô. Em parte porque se eu sempre expressasse honestamente o que está em minha mente – bem naquele momento – perderia a reflexão sobre as razões por trás de minhas emoções.
Portanto, suprimir alguma “honestidade” é uma forma mais segura e diplomática de se comunicar com os seres emocionais, incluindo eu mesmo.
